Havia um caminho desconexo à frente do túnel.
Havia passageiros apressados, gente confusa, contundente aos sentimentos alheios, infame ao pesadelo promíscuo dos sonhos que um dia tentaram ofuscar.
Havia jornais por toda a parte. Havia palavras, teses, argumentos, adjetivos e advérbios que giravam pela passagem.
Havia o som e os significados. Tudo, tudo estava em ordem. O Mundo todo estava no lugar certo.
As pessoas passavam em seus carros pelos caminhos, corriam pelas pistas, caminhavam sobre os jardins. Viviam e buscavam soluções, emoções, flores e perfumes.
Ouvia-se um hard rock na esquina, mas o som também conduzia as crianças a uma atmosfera frenética de buzinas, motores, baterias, batidas, baladas outonais, artérias, pulsações, corações. Ritmo. Rhythms. Aqui, ali! Lá, mas não assim!...
Ordem. Caos.
Até o último momento daquela oscilação o Mundo girou.
Depois, silêncio.
Salvo o meu coração, agora quero todas as respostas que um dia fugiram de mim.
sábado, 29 de maio de 2010
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